segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ser ou não ser?..., eis a questão!


     Havia mudado, muita coisa, questionei muitas ações, minhas e de outros. E ainda não entendia (não entendo) muita coisa. As palavras do meu amigo, que seguem abaixo, referem-se a algumas atitudes de revolta que eu estava tendo em relação aos homens, mas isso podemos deixar pra outro dia, gostaria de falar, hoje, sobre nós, mulheres.

     Outro dia, em uma conversa íntima com um amigo, este me disse:

     “Tatah, você parece uma menina que quer parecer diferente, não sei o porquê, mas para mim você é a mesma. Uma menina meiga, carinhosa e romântica; só que teve os caras errados, e quer provar (eu acho) para você mesma que pode ser outra mulher.” (A.A.F., junho/2011)

      Na hora questionei, agora paro para refletir... e se for isso mesmo? O mundo está em meio a inúmeras revoluções sociais, políticas, sexuais... que vão desde o homossexualismo solicitando respeito (devido há muito tempo) de todas as formas possíveis e o governo se enrolando tentando fazer isto através de kits escolares até a queda de um ditador quase quinquagenário (em pleno século XXI!!!!). E eu, pequena formiguinha, no meio do mundo.

     A queima dos sutiãs (que não aconteceu) foi na década de 60, mas até hoje nós, mulheres ainda estamos colhendo os frutos, meio confusos, deste protesto. Ainda estamos perdidas tentando nos encaixar nas sociedades que nós mesmas ajudamos (e ainda estamos ajudando) a construir. A busca daquelas que protestaram com suas lingeries era por uma igualdade que jamais vai existir, talvez até extremista de um feminismo radical, mas abriu as portas para a liberdade que temos hoje (em comparação com o que elas tinham, sejamos realistas, somos muito mais livres!) Para que então pudéssemos pensar sobre o que realmente queremos ter, viver, dar e, principalmente, ser. Não é que tenha que existir um padrão, não tem! (Nem pode!) Mas, já que existem os estereótipos para nos deixar mais confusas, me questiono, por que não criamos um equilíbrio - se podemos - ?

     O que nós queremos? Acho que esta é uma dúvida que paira na cabeça dos homens desde o tempo de Adão e Eva. Agora está na minha mente. E pode estar na sua.

     Não posso confiar em uma pesquisa de revista feminina que diz que, entre 10 mulheres, cinco disseram:

...”eu quero flores, chocolate, ligações, torpedos, cartas e um casamento lindo digno de uma Kate Middleton”...

   


  E as outras cinco:

...”eu quero jóias, sexo, carreira, festas, boate e não passar nem na porta de loja de vestidos de noiva”...


    

     E se eu não me encaixar em nenhum dos dois grupos? Seria eu uma E.T.? Seria eu de Marte? Não, de Marte são os homens! Meu Deus, eu sou um homem??!!! Também não! E chego à conclusão de que meu amigo pode sim estar certo. Então vem a Beyoncé e canta que quem domina o mundo são as mulheres (Run the world). Não estariam os homens tão perdidos quanto a gente nessa bagunça de ‘papéis’ – que a própria existência é que causa os conflitos - ?

     Em uma das últimas vezes que saí com meu ex-sei-lá-o-quê (hoje em dia tem tantos nomes que eu fico confusa) esperei que ele abrisse a porta do carro. Esperei. Ele não abriu. Mas eu não espero que ele troque o botijão de gás ou a lâmpada do meu quarto. Eu troco. Como ele saberia que deveria abrir a porta do carro se eu não lhe peço que abra o vidro de palmito? (Vai ver foi por isso que ele foi embora! Ficou confuso...)

     Enquanto isso os Engenheiros do Hawaí cantam que eu não deveria esperar o telefone tocar, porque os homens são assim mesmo (Algo por Você). São assim mesmo? Tem certeza? Todos?

     Acho que no fundo nós, mulheres, ainda cremos no amor, nesse que diz What’s my name, em que você me conhece tão bem ou Flaws and All, em que eu não sei como, com todos defeitos que tenho, você me ama. Bom, eu, pelo menos, admito: acredito. E por mais que eu divida ou pague a conta, que eu trabalhe, estude e compre minhas coisas sem a ajuda dele eu quero que ele abra a porta do carro de vez em quando e que mande flores para se desculpar de algo.

     O “ser ou não ser” que me faz pendular entre o extremo da mulher meiga e romântica (e bobinha demais) e a outra ponta da mulher forte e independente (e dura demais) faz com que eu descubra mais sobre mim mesma. Posso ser forte e romântica ao mesmo tempo. E é isso que sou. E é isso que quero ser. Quero ser eu mesma. E você?



Bjos,
Taisinha...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Re - Tudo

É necessário um recomeço.
Existem outras vidas, outros dias, outros amores,...
Sei que você tinha certeza quando foi embora,
Eu também tinha certeza... quando parei de lutar por você.
Você fez meus dias mais felizes, quando um dia era mau, ficava bom falar contigo...
Quando parou de ficar bom, o fim estava chegando.
Ainda tenho vontade de ligar, mas não ligo
Tenho vontade de chamar, e chamo, em silêncio, no meu quarto,
Pra você não ouvir as lágrimas caindo.
Sempre passa, então vai passar, mas foi diferente,
Como jamais vai ser novamente...
Porque eu tive um dia mau e você...
Você não está aqui pra dizer que vai ficar tudo bem...

"Hey, garota, não fique esperando o telefone tocar Os homens são o que são e são todos iguais O difícil é saber quem é clone de quem De volta ao passado, tecendo tapetes, Esperando o guerreiro voltar Já lhe fizeram sofrer demais Já lhe fizeram feliz demais Tá na hora de você mesma fazer Algo por você... e só você pode fazer"
(Engenheiros do Hawaí - Algo por Você)

Bjo,
Tá...